A Semana

Muito frio, ao menos para os cariocas. Tempo para leitura e cinema!!! e, ainda, reflexões sobre a viagem a BAires: porque brasileiro no exterior faz questão de   de isolar de outros brasileiros? Por duas vezes, ouvi a frase: "Fale baixo, senão vão ver(!!??) que somos brasileiros"? Seria o temor de descobrirmos o quanto eram idiotas? Pois perderam a oportunidade de boas dicas e uma boa conversa!

Cinema: O Agente da Estação, ótimo, e que merece ficar mais tempo no circuito. Prova a força de um bom roteiro e uma história que pede para ser contada. Nada de malabarismos, hermetismos, apenas uma boa história! e também "Matadores de Velhinhas", uma pena! Lucro seria o relançamento do original, com Alec Guiness e Peter Sellers!!!

Viagem

Voltei depois de alguns dias...Fui a Buenos Aires, gastar o tempo com amigos - Marcos e Carlos- que me proporcionaram, junto com o Alberto, um dos melhores aniversários de minha vida (a foto vai aí abaixo, no bar do Hotel Sofitel, de Buenos Aires!!). Muito frio, um bom hotel (Kempinsky Plaza), e a certeza de que os argentinos se recuperarão antes que os brasileiros, é difícil entender porque um país com tantas possibilidades como o nosso insiste em ir para o buraco!!!Mas os museus de lá....mesmo o Malba, com toda a modernidade, não chega a impressionar. Há uma graaande retrospectiva do Grippo (artista argentino), uma exposição chamada Vértigo, com 3 artistas interessantes, e acervo, que inclui Rivera e o Abaporu (pode ser cheio de significados, mas é muito feio!!). A cidade está bonita, embora muito suja, devido aos catadores de papel (estamos exportando idéias, todas ruins! catadores de papel, malabaristas de sinal, pedintes em todas as esquinas  e um etc vergonhoso!). A vida teatral é super-agitada, e havia ópera (Wagner) no Colón. Mas não há violência nas ruas!!!

Entrada do Restaurante Sarkis, na noite do dia 13/07! Comida árebe, muito boa, mesmo!! 

Champâ no Bar do Hotel Sofitel, dia 14/07, de madrugada! 

Um poema!

Este é um poema de Elizabeth Bishop(http://www.poetryconnection.net/poets/Elizabeth_Bishop), na tradução de Horácio Costa.. Nem sei se gosto muito desta tradução, mas o poema, nestes tempos, pode estar dizendo o que deveria ser gritado: talvez o processo da perda, conviver com a ausência, seja a grande lição a ser aprendida.

ONE ART

The art of losing isn’t hard to master;
So many things seem filled with the intent
To be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
Of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
Places, and names, and where it was you meant
to travel. None of this will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! My last, or
Next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
Some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan´t have lied. It´s evident
The art of losing’s not too hard to master
Though it may look (Write it!)like disaster.

UMA ARTE

A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.

Perca algo a cada dia. Aceita o susto
De perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.

Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
Lugares, nomes, onde pensaste de férias
Ir. Nenhuma perda trará desastre.

Perdi o relógio de minha mãe. A última,
Ou a penúltima, de minhas casas queridas
Foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.

Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
Pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
Continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.

-Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda – escreva tudo! – lembre desastre.

Sempre uma novidade!!!

Você sabe o que é Kokigami?Pois é, aquelas dobraduras de papel, tão bonitinhas (origami), tinham mais utilidades do que se pode supor. Kokigami é a arte de embrulhar o pênis (é, o pinto, mesmo!) em trabalho similar ao origami, geralmente com forma de algum animal (ganso (taí!), peixe, dragão).

Este sou eu, em NYC. 

Primeiro Dia

Primeiro dia de férias, primeiro dia do blog.
A idéia é de que todos os amigos usem, quem quiser escrever, colocar páginas, dicas, links, programs etc, pode usar à vontade.
Letras de música, músicas em MP3 (não sei se é possível aqui!!), livros, qualquer coisa.
Tereza está viajando com os meninos para NYC e, quando voltar, vai participar também. Espero que a Marilena ajude e o Albertinho também.